As Práticas Do Management 3.0 Que Transformaram o Time Em Um Megazord — II — Personal Maps.
Não tenho a experiência de ter trabalhado em uma dezena de empresas.
Porém, tenho experiência em ‘lidar com gente’.
Trabalho desde meus 11 anos. Servi muita bebida e comida pelos botecos por aí… ajudei a carregar muito bebum também.
Recomendei muito filme merda e muito filme bom enquanto trabalhei em locadoras (em uma época em que o Blu-ray parecia ser a salvação (spoiler: não foi)).
Só depois dessas experiências entrei oficialmente no mundo de T.I. e digo com plena certeza: foram esses trampos que moldaram o profissional que me tornei, principalmente no aspecto de empatia. Gosto de pensar que consigo ver na cara as tretas que todos carregam particularmente. Se colocar no lugar dos outros é fucking importante quando se está a frente de times.
Ao mesmo tempo em que é necessário incentivar a quebra de paradigmas entre os membros da equipe, gestores precisam ser próximos o suficiente individualmente de cada integrante de maneira a poder reconhecer e entender mais do que somente os desejos de cada um, mas também um mínimo sobre seus objetivos, formação, família… e assim poder servirem como realmente um porto seguro para quaisquer incidentes que possam tempestuar a vida dos colaboradores com o passar do tempo.
E neste cenário, que o Management 3.0 vem nos trazer uma opção aos líderes e equipes no intuito de que todos possam se conhecer e interagir de maneira mais profunda, e assim gerar um nível de engajamento maior dos membros, os Personal Maps.
Os Personal Maps funcionam de maneira bem semelhante aos mapas mentais, servindo como demonstração visual das relações e interações que são importantes para cada individuo. Eles facilitam bastante a vida daqueles que são mais tímidos e não curtem aqueles dinamismos de ‘fala aí de onde você vem, o que você quer fazer etc, etc…’. Personal Maps ajudam bastante a transparecer sentimentos com empatia, principalmente as lideranças.
Basicamente, para rodar os PM’s, basta que os envolvidos escrevam em uma folha as coisas que querem compartilhar, e que servem como referência para criar a persona de cada um.
Rodei e esse exercício em três ocasiões na organização em que trabalho: na primeira, apliquei o game com meu antigo time. Como a maioria do pessoal trabalhava junto há mais de 1 ano, achei interessante inverter a ordem, e ninguém fez seu próprio personal map. Pelo contrário, a equipe criava o de cada membro em sua vez.
Esse dinamismo é interessante pois ao final sempre cobrávamos explicações sobre alguma coisa que saltava aos olhos… Aplicar o game sob esta perspectiva nos ensina que sempre temos mais para saber sobre os colegas, independente de quanto tempo faça que a equipe está unida trabalhando junto.
Num segundo momento, apliquei isso junto a um time de lideranças durante uma reunião com intuito de demonstrar algumas práticas que poderiam gerar engajamento de cada uma das equipes lideradas presentes na reunião. O resultado foi imediato, no dia seguinte tinha gestor rodando com a equipe, no meio das mesas, no chão mesmo, e dando muita risada. Nessa equipe ainda dá pra ver os mapas criados pelos colegas pendurados nas paredes. E isso não tem preço.
Num segundo momento, após participar do workshop foundation de M30, passamos a usar esse recurso junto aos novos colaboradores, com intuito de que eles se apresentassem para suas equipes, quando realizávamos novas integrações. Foi excelente. Ver a o engajamento da galera não tem preço. A atividade em si é simples, rápida de ser executada, e gera boas conversas. E esse é o ponto.
Você executando pelo viés de cada um se descrevendo, ou da equipe falando de uma pessoa especifica, vai perceber que parceria e amizade, além de companheirismo é algo que nasce em qualquer ambiente. E esses sentimentos fortalecem os laços na equipe. Gerando maior participação ativa nas decisões que dizem respeito a sobrevivência da empresa e das atividades.
Minhas recomendação sobre os PM’s é uma só:
FAÇA!
Se suas equipes são novas, ou se existem frequentemente mudanças na estrutura das equipes, essa dinâmica se apresenta como uma alternativa também para realizar a introdução dos novos membros.
Por fim, voltando ao citado no início… o objetivo geral de tudo isso, é criar uma rede de empatia dentro do grupo.
Até a próxima pessoal!