As Práticas Do Management 3.0 Que Transformaram o Time Em Um Megazord — II — Personal Maps.

Douglas Bianchezzi
4 min readDec 29, 2019

Não tenho a experiência de ter trabalhado em uma dezena de empresas.

Porém, tenho experiência em ‘lidar com gente’.

Trabalho desde meus 11 anos. Servi muita bebida e comida pelos botecos por aí… ajudei a carregar muito bebum também.

Recomendei muito filme merda e muito filme bom enquanto trabalhei em locadoras (em uma época em que o Blu-ray parecia ser a salvação (spoiler: não foi)).

Só depois dessas experiências entrei oficialmente no mundo de T.I. e digo com plena certeza: foram esses trampos que moldaram o profissional que me tornei, principalmente no aspecto de empatia. Gosto de pensar que consigo ver na cara as tretas que todos carregam particularmente. Se colocar no lugar dos outros é fucking importante quando se está a frente de times.

Ao mesmo tempo em que é necessário incentivar a quebra de paradigmas entre os membros da equipe, gestores precisam ser próximos o suficiente individualmente de cada integrante de maneira a poder reconhecer e entender mais do que somente os desejos de cada um, mas também um mínimo sobre seus objetivos, formação, família… e assim poder servirem como realmente um porto seguro para quaisquer incidentes que possam tempestuar a vida dos colaboradores com o passar do tempo.

E neste cenário, que o Management 3.0 vem nos trazer uma opção aos líderes e equipes no intuito de que todos possam se conhecer e interagir de maneira mais profunda, e assim gerar um nível de engajamento maior dos membros, os Personal Maps.

Personal Maps, from M30 official website.

Os Personal Maps funcionam de maneira bem semelhante aos mapas mentais, servindo como demonstração visual das relações e interações que são importantes para cada individuo. Eles facilitam bastante a vida daqueles que são mais tímidos e não curtem aqueles dinamismos de ‘fala aí de onde você vem, o que você quer fazer etc, etc…’. Personal Maps ajudam bastante a transparecer sentimentos com empatia, principalmente as lideranças.

Basicamente, para rodar os PM’s, basta que os envolvidos escrevam em uma folha as coisas que querem compartilhar, e que servem como referência para criar a persona de cada um.

Rodei e esse exercício em três ocasiões na organização em que trabalho: na primeira, apliquei o game com meu antigo time. Como a maioria do pessoal trabalhava junto há mais de 1 ano, achei interessante inverter a ordem, e ninguém fez seu próprio personal map. Pelo contrário, a equipe criava o de cada membro em sua vez.

Esse dinamismo é interessante pois ao final sempre cobrávamos explicações sobre alguma coisa que saltava aos olhos… Aplicar o game sob esta perspectiva nos ensina que sempre temos mais para saber sobre os colegas, independente de quanto tempo faça que a equipe está unida trabalhando junto.

Num segundo momento, apliquei isso junto a um time de lideranças durante uma reunião com intuito de demonstrar algumas práticas que poderiam gerar engajamento de cada uma das equipes lideradas presentes na reunião. O resultado foi imediato, no dia seguinte tinha gestor rodando com a equipe, no meio das mesas, no chão mesmo, e dando muita risada. Nessa equipe ainda dá pra ver os mapas criados pelos colegas pendurados nas paredes. E isso não tem preço.

Num segundo momento, após participar do workshop foundation de M30, passamos a usar esse recurso junto aos novos colaboradores, com intuito de que eles se apresentassem para suas equipes, quando realizávamos novas integrações. Foi excelente. Ver a o engajamento da galera não tem preço. A atividade em si é simples, rápida de ser executada, e gera boas conversas. E esse é o ponto.

Novos colaboradores criando seus mapas pessoais.

Você executando pelo viés de cada um se descrevendo, ou da equipe falando de uma pessoa especifica, vai perceber que parceria e amizade, além de companheirismo é algo que nasce em qualquer ambiente. E esses sentimentos fortalecem os laços na equipe. Gerando maior participação ativa nas decisões que dizem respeito a sobrevivência da empresa e das atividades.

Minhas recomendação sobre os PM’s é uma só:

FAÇA!

Se suas equipes são novas, ou se existem frequentemente mudanças na estrutura das equipes, essa dinâmica se apresenta como uma alternativa também para realizar a introdução dos novos membros.

Por fim, voltando ao citado no início… o objetivo geral de tudo isso, é criar uma rede de empatia dentro do grupo.

Até a próxima pessoal!

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Douglas Bianchezzi

College Teacher at @FaculdadeMaterDei. @EXIN Instructor Brazil; Executive at @DB1